domingo, 13 de maio de 2012

Traficante rival de "Matemático" é preso quando comemorava a morte do inimigo no Rio



A Polícia Militar informou que prendeu, no início da madrugada deste domingo (13), no Rio de Janeiro, um integrante de uma quadrilha que rivalizava com a do traficante Márcio José Sabino Pereira, o "Matemático", morto no sábado (12) durante operação policial. Um homem de 30 anos conhecido como "Tia Neia" foi preso em São Cristóvão. Segundo a polícia, ele festejava a morte do rival Matemático. De acordo com a polícia, com Neia foi apreendido um pó branco que seria cocaína. A PM ocupou por tempo indeterminado as favelas da Zona Oeste do Rio que eram dominadas pelo traficante Matemático. A ideia é continuar a desarticulação da quadrilha que era comandada pelo bandido. "A investigação não acabou. É evidente que, com o líder caindo o segundo escalão ascende naturalmente. Certamente teremos outras prisões nos próximos dias ou meses", disse o delegado João Luiz Araújo, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, que atua em conjunto com as polícias Militar e Civil há cinco meses na desarticulação do tráfico de drogas. A ação que resultou na morte de Matemático começou no final da noite de sexta-feira (11) e entrou pela madrugada. O delegado da DRE contou que recebeu informações de que o traficante estava circulando pela Favela da Coreia num Logan prata. Ele pediu o apoio do helicóptero da Polícia Civil para localizar o veículo pelo alto, e da PM para fazer o cerco nas ruas do entorno da favela. Os quatro homens que estavam dentro do carro, percebendo que tinham sido identificados, começaram a atirar contra o helicóptero, segundo a polícia. Matemático foi morto por volta das 23h30 de sexta, mas seu corpo só foi localizado em outro carro — um Gol preto — por volta das 05h30 deste sábado, por policiais do Batalhão de Choque da PM. "Os disparos foram intensos e vinham não só do carro, mas de vários pontos da favela", disse Araújo.

Artilharia pesada
O piloto Adonis contou que, para defender a aeronave, teve de abrir artilharia pesada contra o Logan onde estava o traficante. "Eles estavam a cerca de 100 km/h na favela, tentando fugir do cerco, e disparavam contra a aeronave. Para interceptá-los, baixamos a uma altitude que variou de 20 a 60 metros, para que nenhum barraco fosse atingido pelos tiros disparados pelos policiais que estavam na aeronave. Na tentativa de fugir, o Logan bateu num muro. Três homens conseguiram fugir, mas tenho a impressão que Matemático ficou preso às ferragens e só pôde ser removido pelos comparsas mais tarde", detalhou Adonis, informando que o traficante levou ao menos um tiro que atravessou suas costas e atingiu o joelho. O traficante tinha um torniquete improvisado com um cinto no joelho, quando o corpo foi encontrado, dentro do carro que estava próximo ao antigo viaduto de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ao RJTV, o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, confirmou que os tiros que mataram Matemático partiram de um helicóptero. "A Divisão de Homicídios esteve cedo no local e o delegado me afirmou que não há dúvidas de que os disparaos que atingiram não só Matemático, mas como alguns de seus comparsas, partiram da aeronave", disse. Além da morte de Matemático, um outro suspeito foi preso na operação da sexta-feira. Segundo o delegado Araújo, em cinco meses de operação, até esse sábado, 12 pessoas foram presas e foram apreendidos cinco fuzis, uma metralhadora, três pistolas, cinco granadas, 14 carregadores, 177 munições de calibres variados, seis radiotransmissores, 300 quilos de maconha, pouca quantidade de cocaína e 1.580 pedras de crack.
Com informações do G1

Fonte: Polícia em Foco/Blog Diniz K-9

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