A pedido da 17ª Vara Criminal da Capital, a Força Nacional cercou
nesta quinta-feira o prédio da Câmara de Vereadores de Rio Largo, a 25
km de Maceió, e prendeu todos os integrantes do Legislativo Municipal,
acusados de corrupção. Segundo as denúncias, eles aprovaram a venda de
um terreno, que valia R$ 21,5 mil, por R$ 700 mil, a uma empresa.
A área foi vendida pelo prefeito da cidade, Toninho Lins, mas com
aval da Câmara. Todos estão sendo encaminhados ao sistema prisional.
Conforme denúncia do Movimento de Combate à Corrupção, feita às
polícias Federal e Civil, o prefeito Toninho Lins pediu, em 2010, a
desapropriação de uma área de 252 hectares, pertencente à usina Utinga
Leão, para a construção de casas populares. Pagou R$ 700 mil pela
operação. A usina, com dívidas nas receitas federal e estadual, está
falida. As residências não saíram.
Depois, com o aval da Câmara, o prefeito vendeu o terreno a uma
empresa, pelo mesmo valor da desapropriação, sem licitação: R$ 700 mil.
Isso significa que o metro quadrado do terreno custou R$ 0,27.
Na área, está sendo erguido um empreendimento comercial e
residencial, com 9 mil lotes, que custam não menos que R$ 20 mil, cada. A
suspeita é que a operação envolva uma tentativa de burlar impostos
federais e estaduais.
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