quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Fundador do Megaupload seguirá em liberdade condicional

Um tribunal da Nova Zelândia rejeitou nesta quarta-feira o recurso da promotoria contra a decisão de libertar o fundador do site Megaupload, Kim Schmitz, conhecido também como Kim "Dotcom", cuja extradição é requerida pelos Estados Unidos por suposta pirataria digital.
O Alto Tribunal da cidade de Auckland "rejeitou a apelação" da promotoria, que representa o Governo dos Estados Unidos, contra a decisão de outra instância judicial que na semana passada concedeu a liberdade condicional a "Dotcom", informaram fontes judiciais à Agência Efe.
Reuters
Kim Dotcom em Hong Kong, em 1999
Kim Dotcom em Hong Kong, em 1999
"Dotcom" foi detido em 20 de janeiro em sua mansão nos arredores de Auckland, junto a outros três diretores do Megaupload, no transcurso de uma operação policial internacional que incluiu o fechamento de seu portal de downloads na internet.
A promotora Anne Toohey baseou o recurso na tese de que o tratado de extradição entre Washington e Berlim inclui uma cláusula que permite à Alemanha processar seus cidadãos dentro de seu território, além de ter levantado a possibilidade de "Dotcom" ter acesso a fundos que não foram confiscados.
A equipe de advogados que defende "Dotcom", por sua vez, sustenta que os argumentos da promotoria não têm solidez e que não há risco algum de seu cliente fugir.
Já o acusado alegou inocência e garantiu não ter a intenção de abandonar o país, onde tentará na Justiça recuperar os bens que lhe foram confiscados.
"Dotcom" foi detido em junho junto ao alemão Mathias Ortmann, de 40 anos e cofundador do portal; Finn Batato, da mesma nacionalidade, de 38 anos e responsável técnico do site, e o holandês Bram van der Kolk, de 29 anos e chefe de programação.
"Dotcom" teve seu pedido de liberdade condicional negado em duas ocasiões, até que um juiz do tribunal do distrito de North Shore enfim a concedeu, mas com uma série de condições, incluindo vigilância eletrônica, proibição de acessar a internet e usar seu helicóptero pessoal. O alemão também não poderá afastar-se mais de 80 quilômetros de sua propriedade.
Está prevista para agosto a realização da primeira audiência do processo judicial de extradição dos quatro executivos do Megaupload.
No Alto Tribunal de Auckland, "Dotcom" e sua esposa pediram a devolução de parte do dinheiro confiscado pelas autoridades neozelandesas, segundo a rede de televisão "TV3".
A juíza Judith Potter decidiu devolver US$ 61.930 de uma das contas congeladas.
Os EUA acusam um total de sete executivos do site entre eles os quatro detidos na Nova Zelândia, e duas empresas vinculadas ao portal por diversos crimes de pirataria informática e lavagem de dinheiro.
O Megaupload é acusado de ter causado mais de US$ 500 milhões em perdas à indústria do cinema e da música ao transgredir os direitos autorais de companhias e obter com isso lucros de US$ 175 milhões.
Fonte: Folha
 

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