domingo, 4 de dezembro de 2011

Corinthians é campeão brasileiro de 2011

Time empatou em 0 a 0 com o rival Palmeiras, e garantiu o quinto título

O corintiano passou um domingo com o coração maltratado. Pela morte de Sócrates, ainda na madrugada, e pela má atuação de sua equipe na disputa da última rodada do Campeonato Brasileiro, pelos quatro jogadores expulsos em um clássico nervoso. Mas, mais corintiano do que o sofrimento, é sentimento de redenção. No segundo tempo, veio a certeza daquilo que se esperava há 38 rodadas: o pentacampeonato nacional.
O jogo que começou com todo o Pacaembu gritando o nome do ídolo que se foi, terminou com mais de 30 mil vozes alvinegras celebrando ao som de "É, campeão!". Mas para chegar ao grito da vitória, o torcedor precisou superar as investidas palmeirenses e até uma quase ameaça do Vasco, que no fim só empatou com o Flamengo no Rio.
Já que praticamente todo o cenário estava a seu favor, o Corinthians preferiu deixar o tempo correr - o empate, afinal, sempre lhe serviu. Com Wallace improvisado como volante, a marcação no meio-campo corintiano funcionou nos primeiros minutos da etapa inicial, forçando o Palmeiras a utilizar bolas mais longas para chegar perto do gol de Julio Cesar.
Mas logo o time de Luiz Felipe Scolari, que sempre deixou claro o desejo de terminar o Brasileiro com uma vitória honrosa, percebeu que a tática corintiana era mesmo aquela que se apresentava: esperar 90 minutos de passeio do relógio.
Não fosse a pouca capacidade técnica de seus jogadores de frente, o Palmeiras poderia ter superado o Corinthians no primeiro tempo. A posse de bola no campo de ataque foi maior e os avanços ao gol rival foram frequentes. Julio Cesar, porém, teve poucos motivos para efetivamente se preocupar, já que os chutes chegavam com pouca precisão à meta corintiana.
Mesmo assim, a torcida sofria, especialmente assustada após os 30 minutos de partida. No Rio, Diego Souza abria o placar para o Vasco no Engenhão. Com a pressão do Palmeiras, um gol alviverde seria uma quase-tragédia. O único suspiro corintiano ocorreu aos 45 minutos, quando uma boa jogada de Alessandro caiu nos pés de Willian. O jogador, desequilibrado, desabou na grande área. Sozinho, diga-se, apesar da presença próxima de Leandro Amaro. Apesar de infrutífero, aquele lance mostrou que havia espaço para o Corinthians atacar o gol de Deola.
Foi assim que a equipe de Tite voltou para o segundo tempo, tentando esquecer o primeiro tempo de covardia para tentar construir uma etapa final mais ofensiva. As descidas tornaram-se mais frequentes, mas dois fatores fizeram o coração corintiano se acalmar - um pouco, pelo menos.
Aos cinco minutos, o Pacaembu explodiu. Valdivia, em um lance inexplicável, dividiu com Jorge Henrique com uma cotovelada. Foi expulso pelo árbitro Wilson Seneme. "Acho que o juiz passou na pressão da torcida. Foi uma dividida", disse o meia. E se o contexto já parecia favorável, a situação melhorou ainda mais aos 10. Foi quando o Flamengo empatou, com Renato Abreu.
Apesar do título praticamente assegurado, o Corinthians não conseguiu dominar os próprios nervos. Foi mais raçudo, apareceu mais vezes ao ataque, mas não conseguiu conter o Palmeiras, que teve chances mais claras de marcar - incluindo uma bola na trave de Fernandão. Ainda perdeu Chicão, expulso, para aumentar o clima de tensão no Pacaembu.
Tamanho nervosismo culminou em uma confusão generalizada, que fez o número de cartões vermelhos subir para cinco. Mas, mais corintiano que o sofrimento, é a redenção. Que veio quando o jogo ainda estava nos acréscimos, assim que o empate por 1 a 1 entre Vasco e Flamengo acabou.

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