Time empatou em 0 a 0 com o rival Palmeiras, e garantiu o quinto título

O jogo que começou com todo o Pacaembu gritando o nome do ídolo que se foi, terminou com mais de 30 mil vozes alvinegras celebrando ao som de "É, campeão!". Mas para chegar ao grito da vitória, o torcedor precisou superar as investidas palmeirenses e até uma quase ameaça do Vasco, que no fim só empatou com o Flamengo no Rio.
Já que praticamente todo o cenário estava a seu favor, o Corinthians preferiu deixar o tempo correr - o empate, afinal, sempre lhe serviu. Com Wallace improvisado como volante, a marcação no meio-campo corintiano funcionou nos primeiros minutos da etapa inicial, forçando o Palmeiras a utilizar bolas mais longas para chegar perto do gol de Julio Cesar.
Mas logo o time de Luiz Felipe Scolari, que sempre deixou claro o desejo de terminar o Brasileiro com uma vitória honrosa, percebeu que a tática corintiana era mesmo aquela que se apresentava: esperar 90 minutos de passeio do relógio.
Não fosse a pouca capacidade técnica de seus jogadores de frente, o Palmeiras poderia ter superado o Corinthians no primeiro tempo. A posse de bola no campo de ataque foi maior e os avanços ao gol rival foram frequentes. Julio Cesar, porém, teve poucos motivos para efetivamente se preocupar, já que os chutes chegavam com pouca precisão à meta corintiana.

Foi assim que a equipe de Tite voltou para o segundo tempo, tentando esquecer o primeiro tempo de covardia para tentar construir uma etapa final mais ofensiva. As descidas tornaram-se mais frequentes, mas dois fatores fizeram o coração corintiano se acalmar - um pouco, pelo menos.
Aos cinco minutos, o Pacaembu explodiu. Valdivia, em um lance inexplicável, dividiu com Jorge Henrique com uma cotovelada. Foi expulso pelo árbitro Wilson Seneme. "Acho que o juiz passou na pressão da torcida. Foi uma dividida", disse o meia. E se o contexto já parecia favorável, a situação melhorou ainda mais aos 10. Foi quando o Flamengo empatou, com Renato Abreu.
Apesar do título praticamente assegurado, o Corinthians não conseguiu dominar os próprios nervos. Foi mais raçudo, apareceu mais vezes ao ataque, mas não conseguiu conter o Palmeiras, que teve chances mais claras de marcar - incluindo uma bola na trave de Fernandão. Ainda perdeu Chicão, expulso, para aumentar o clima de tensão no Pacaembu.
Tamanho nervosismo culminou em uma confusão generalizada, que fez o número de cartões vermelhos subir para cinco. Mas, mais corintiano que o sofrimento, é a redenção. Que veio quando o jogo ainda estava nos acréscimos, assim que o empate por 1 a 1 entre Vasco e Flamengo acabou.
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