Um detento foi assassinado com 27 golpes de ´cossoco´ (faca artesanal) dentro da Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) Desembargador Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal, em Caucaia. O corpo de Francisco Wellington Rodrigues da Silva, 28, o ´Lourinho´ foi encontrado na manhã de ontem dentro do banheiro coletivo da Rua A, no Pavilhão 2.
De acordo com policiais militares da 2ª Companhia de Policiamento de Guarda (2ª CPG), o cadáver foi localizado no momento em que os presos eram retirados das celas (destranca), por volta das 6 horas. Francisco Wellington estava preso na unidade pelo crime de roubo.
Após o anúncio da descoberta do corpo do detento, parentes dos presos que já aguardavam do lado de fora, ficaram apreensivos temendo a suspensão das visitas, o que não ocorreu. Conforme os policiais militares, apenas os internos da rua onde o cadáver foi encontrado não estavam recebendo visitas.
O local foi isolado até a chegada dos policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da equipe da Coordenadoria de Criminalística (CC), da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). Conforme o perito Jesus Sales, o detento foi morto com 27 perfurações, sendo uma profunda no pescoço, oito no tórax, 17 nas costas e as demais espalhadas pelas pernas e braços. Sales acredita que mais de um homem praticou o crime.
A Polícia agora trabalha para identificar os autores da morte. Aproximadamente 70 detentos estavam em celas situadas na Rua A, do Pavilhão 2, o que dificulta a identificação. Inicialmente, a DHPP trabalha com a hipótese do crime ter sido motivado por uma vingança.
Tensão
Na manhã de hoje, o Ministério Público Estadual (MPE), através da Procuradoria Geral da Justiça (PGJ), vai se posicionar sobre a situação de tensão que envolve o Sistema Penitenciário do Estado do Ceará.
Os promotores Iran Sírio, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, Execuções Criminais e Controle Externo da Atividade Policial (Caocrim); e José Evilázio Alexandre da Silva, da 3ª Promotoria de Justiça de Execução Penal e Corregedoria dos Presídios, darão entrevista coletiva sobre o assunto na PGJ.
Fonte: DN
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