quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mãe acusada de matar filha em Maracanaú confessa crime

A mulher acusada de matar, por espancamento, a filha em Pajuçara, Maracanaú-CE, confessou o assassinato, na tarde desta quarta-feira (09). Zácara de Moura , de 23 anos, admitiu ter matado a menina Gabriela de Moura Carvalho, em depoimento ao delegado Vicente Ferreira, titular do 29º DP.

O motivo do crime, de acordo com a confissão feita ao investigador, teria sido "raiva e aborrecimento da mãe por ter de cuidar da criança, que era asmática e tomava remédios controlados". Gabriela foi encontrada morta, na manhã de segunda-feira (07), com marcas de espancamento, na residência da tia, no bairro da Pajuçara, em Maracanaú.

Mãe chegou a alegar dengue
A mãe havia alegado, inicialmente, que a filha tinha falecido vítima de dengue, mas desde o início admitiu que batia na criança.

O comportamento frio da mãe, marcas compatíveis com as de espancamento no corpo de Gabriela, que foi encontrada já em estado de rigidez, levantaram a desconfiança do delegado responsável pelas investigações, que solicitou exame pericial.

Na terça-feira (08), Ferreira declarou que já tinha elementos suficientes para pedir a prisão preventiva de Zácara. Ele havia apurado com vizinhos relatos de agressão constante e gritos da menina. Na ocasião, houve ameaça de linchamento da acusada. 

Homicídio triplamente qualificado e perda do poder materno
A mãe de Gabriela foi indiciada pelo titular do 29° DP por  homicídio doloso (artigo 121), triplamente qualificado, com motivo, torpe, futil, com uso de tortura e executado de modo calculista.  Ela pode pegar mais de trinta anos de prisão.

O delegado Vicente Ferreira pediu à Justiça, ainda, a perda do poder materno de Zácara sobre a outra filha, de 3 anos, em nome da avó da menina.  Tão logo seja acolhido o pedido de prisão preventiva ela será encaminhada ao presídio Auri Moura Costa.

Acusada pode ser ameaçada em presídio
Ferreira disse que, nesse caso, vai solicitar reforço da segurança para Zácara na penitenciária, pois teme que ela seja estrangulada. A prática é comum contra mulheres acusadas de matar os próprios filhos.

Fonte: DN

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