quinta-feira, 29 de março de 2012

Em segundo dia de protesto, polícia é chamada para conter confusão na Ceagesp

A Polícia Militar recebeu diversos chamados para conter uma confusão na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) por volta das 7h30 desta quinta-feira (29), segundo dia de protesto contra a terceirização do controle das áreas de carga e descarga da estatal. De acordo com a corporação, cerca de 180 funcionários tentavam impedir a entrada de caminhões no local.
Segundo o Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo), o tumulto começou com desentendimentos entre os permissionários (proprietários de boxes) que ficaram com os boxes fechados e os que queriam trabalhar.
No fim da tarde de terça-feira (29), ficou acertado que quem quisesse trabalhar, poderia abrir os boxes, o que revoltou os adeptos da paralisação. Durante a confusão, caixas de madeira foram destruídas e alguns boxes, invadidos. Um grupo de manifestantes, segurando pedaços de madeira e paus, tentou bloquear a avenida Gastão Vidigal e a marginal Pinheiros, mas de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito fluía normalmente até as 9h.
A convocação para o protesto, que começou nesta quarta-feira (28), foi feita pelos líderes dos 2.000 permissionários (proprietários de boxes), com apoio do Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo). Eles se queixam de não terem sido consultados sobre a elaboração dos termos da licitação, da qual pedem o cancelamento. A entrega dos envelopes do edital deverá ocorrer no dia 2 de abril.
Dentre os pontos da licitação, os permissionários são contra a cobrança de "pedágio" para a entrada de veículos no estacionamento do mercado. Aqueles que precisarem ficar até cinco horas terá que pagar R$ 7. O valor da taxa para um período superior à dez horas será de R$ 60.
De acordo o sindicato, as cobranças tornarão mais caros os produtos. Ele afirma que fica mais difícil que caminhões vindos de cidades distantes com suas mercadorias sejam recarregados com produtos carentes em suas regiões.
Outro ponto de reclamação se relaciona com a verba arrecadada pela Ceagesp. A estimativa de lucro da empresa vencedora no edital é de R$ 1,7 milhão por mês, sendo que 4%, (cerca de R$ 60 mil), serão repassados à Companhia de Entrepostos. O valor do repasse é entendido pelos permissionários como o aluguel dos 720 mil m² do mercado. Segundo eles, por um box de tamanho pequeno, com cerca de 140 m², comerciantes pagam entre R$ 6.000 e R$ 7.000 ao mês. 
Justiça
Por volta das 6h desta segunda, um oficial de justiça entregou aos representantes da Apesp uma ordem judicial da 1ª Vara Cível que proíbe os permissionários de realizarem manifestação e de impedirem a livre circulação de veículos e pedestres dentro da área da Ceagesp. Outra determinação da Justiça contida no documento é de que os manifestantes também não podem impedir os comerciantes que queiram vender seus produtos de assim fazê-lo. A multa em caso de descumprimento é de R$ 10 mil por dia.



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