sexta-feira, 9 de setembro de 2011

'Já escondi até anticoncepcionais', diz marido que deseja filhos na PB

Os paraibanos Dóris Gomes Barbosa e Ednaldo Barbosa Gonçalves, o Edinho, são casados há 11 anos e moram no Rio de Janeiro há 10 anos, mas Dória não pretende ter crianças nos próximos anos. Ela insiste em adiar a maternidade. “Agora não, filhos não. Em 2014, eu acho”, diz.

O namoro dos dois começou na Paraíba e, aos 18 anos, Edinho foi morar no Rio. Ele não suportou a distância e voltou ao Nordeste para buscar a paixão de sua adolescência e decidiram se casar quando Dóris tinha apenas 17 anos. Mulheres que não querem ter filhos e adiam a maternidade foram um dos temas abordados na edição desta sexta-feira (9) no Mais Você.
Quando vier, se vier um casal de gêmeos, acho que eu vou explodir"
Edinho, porteiro
Edinho não concorda com a visão da esposa e já chegou até a esconder as pílulas anticoncepcionais de Dóris. “Mas ela é esperta, me faz até sair à noite pra comprar, não tem jeito”, conta o marido.
Dóris afirma que quer ter filhos um dia e que adora crianças, mas que ainda não está preparada. “Nossa vida ainda não está bem estabilizada. Eu quero, quando eu tiver um filho, não precisar me preocupar com nada”, desabafa.
Ele se emociona quando fala de amigos que já tiveram filhos. Edinho contou que alguns conhecidos casaram na mesma época que ele e hoje têm crianças com 11 anos. Ele explicou que não tem preferência em relação ao sexo do bebê, mas confessou que queria pelo menos dois. “Quando vier, se vier um casal de gêmeos, acho que eu vou explodir”, diz emocionado.
Casos como esses estão aumentando no Brasil inteiro. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casais sem filhos aumentou de 13%, em 1999, para 17% atualmente.

O psiquiatra Flávio Gikovate explicou que as mulheres têm várias razões para não querer filhos. “Francamente, eu acho que a grande novidade é que as pessoas resolveram pensar com um pouco mais de liberdade sobre um assunto que antigamente era uma norma meio que burocrática: todo mundo casa, todo mundo tem filho e todo mundo ficava deprimido se não tinha filho”, pontua o psiquiatra.

A recomendação de Gikovate é que o assunto seja muito bem conversado e, de preferência, antes do casamento, para que as decisões corretas possam ser tomadas antes da oficialização da união do casal.

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